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Fitossanidade

          O conceito de fitossanidade, relacionado à proteção de plantas do ataque de pragas ou doenças, foi concebido no início do século XX, antes mesmo do aparecimento de tecnologias para controle de organismos que podem causar danos aos vegetais. Entretanto, foi a partir de 1950, com os constantes avanços da ciência, que a inovação passou a ser uma variável central e indispensável nas atividades agropecuárias.

 

          Prevenir e controlar pragas é a função das Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitárias ao redor do mundo e no Brasil este trabalho cabe ao Departamento de Sanidade Vegetal. A tarefa é tão difícil quanto a extensão e diversidade da agricultura que se deseja proteger. No caso do Brasil, cujo território tem dimensões continentais, o cenário é ainda mais complexo. Não apenas em virtude da extensão, mas também da heterogeneidade das culturas plantadas no País, que influencia de maneira decisiva o desenvolvimento da agricultura.

          À medida que as tecnologias avançam, a prática agrícola fica cada vez mais complexa e, atualmente, deve ainda respeitar os preceitos de sustentabilidade. Com o advento dos produtos fitossanitários para controle de pragas e, mais recentemente, das plantas geneticamente modificadas (GM) foi possível acompanhar essa evolução. Eles trouxeram uma praticidade sem igual ao manejo de pragas em uma agricultura que se torna sistematicamente mais intensiva e profissionalizada como a dos cerrados brasileiros.

          A vigilância fitossanitária é uma atividade que integra ações de inteligência, mapeando informações em diversos níveis a fim de simular cenários, definir riscos e ainda agir na proteção às lavouras. Esse processo deve ser conduzido de maneira integrada entre entes públicos e privados por meio de levantamentos e construção de bases de dados sólidas e confiáveis que atendam aos interesses de todo o setor.

          As estratégias agronômicas do manejo de pragas, passadas aos técnicos nas disciplinas universitárias, nem sempre refletem a rotina da agricultura. O equilíbrio e a eficiência das tecnologias podem ficar prejudicados caso a teoria e a prática não estejam em sintonia. A não observância da realidade do campo e o consequente não desenvolvimento de políticas e produtos adequados pode, no curto prazo, reduzir as alternativas tecnológicas à disposição dos agricultores, ameaçando e gerando conflito entre os setores do agronegócio. Por exemplo, a ferramenta do refúgio em áreas de plantas GM que expressam proteínas inseticidas é uma das técnicas de manejo para preservação dessas tecnologias. Sua implementação é necessária, assim como o monitoramento de sua adoção, para a efetividade do processo de controle.

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